Cabral garante assistência a sobreviventes de ataque em escola


  07/04/2011 13:33:30
Governador Sérgio Cabral deu entrevista coletiva | Foto: reprodução de TV
O Governador Sérgio Cabral e o Prefeito Eduardo Paes no cenário do crime

O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes concederam há pouco uma entrevista coletiva à imprensa sobre o ataque à Escola Municipal Tasso Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro. Pela manhã, a instituição foi invadida por um atirador que matou 11 estudantes, sendo dez meninas e um menino. Cabral declarou que irá prestar assistência aos sobreviventes e disse que a tragédia poderia ter sido maior, caso não houvesse a intervenção do sergento da Polícia Militar, Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, que conseguiu imobilizar o atirador com um tiro. Em seguida, o matador atirou contra a própria cabeça.


Cabral informou também que irá mandar investigar como o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, aprendeu a manejar a arma; como obteve o armamento e os equipamentos, como cinto de munições e colete à prova de balas.
"Eu acredito que nós temos a obrigação de fazer e dar a nossa solidariedade e apoio às famílias dos jovens vitimados por este psicopata. Vamos dar assistência aos feridos e aos sobreviventes. E aguardar as investigações para descobrir como este psicopata adquiriu experiência com armas, a origem de todo este episódio lamentável", declarou o governador.
"Por ultimo, mas não menos importante: quero agradecer ao herói, o terceiro sargento Alves do 14º BPM que estava participando de uma operação do Detro aqui perto. Dois meninos feridos abordaram as viaturas. Quando ele chegou à escola, o atirador já tinha acabado o massacre no primeiro andar, e estava no terceiro andar, quando se matou. Ele estava preparado para mais disparos, segundo a polícia militar", completou Cabral.
Segundo o governador, o atirador era ex-aluno da escola e conseguiu entrar no colégio alegando que iria buscar seu histórico escolar. Em seguida, ele saiu e atirou contra as crianças. Um grupo de alunos pediu ajuda a policiais militares que davam apoio a uma fiscalização do Detro que era realizada próxima à escola. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, conseguiu imobilizar o atirador com um tiro, que, em seguida, atirou contra a própria cabeça. Cabral destacou a ação do policial:
Segundo o policial, quando ele chegou ao terceiro andar da escola, o ex-aluno estava saindo de uma sala armado e disparou contra ele. Ele respondeu ao tiro, acertando o assassino que se matou em seguida.
"O que eu senti foi um grande sentimento de tristeza pelo quadro de horror que presenciei aqui. Mas, também, um sentimento de dever cumprido por ter conseguido interceptar o atirador, porque ele ía para outra sala dar prosseguimento ao massacre. Uma das crianças me abraçou", contou o policial visivelmente emocionado. 
O prefeito Eduardo Paes disse que a tragédia poderia ter sido maior se não fosse a ação dos policiais. Segundo ele, a Secretaria de Educação do município já fez contatos com as famílias das vítimas. Ele disse, também, que a escola não será fechada:
"A escola não vai ser fechada. Ela tem a história de formação de muitos cariocas. Eles contam com a nossa solidariedade. Vamos deixar a escola funcionando e construindo sonhos", declarou o prefeito.
A Secretaria de Saúde e Defesa Civil está com nove assistentes sociais e oito psicólogos atuando junto às famílias na escola. Há mais seis assistentes sociais da Prefeitura. Eles estão no local fazendo a identificação das vítimas com as famílias.

Agência Rio

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